domingo, 6 de maio de 2012

O direito de ser, sendo diferente, na escola.

A inclusão é parte dessa contestação e implica a mudança do paradigma educacional atual, para que  se encaixe no mapa da educação escolar que precisamos retraçar. As diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero, enfim, a diversidade humana está sendo cada vez mais desvelada e destacada, e é condição imprescindível para atender como entendemos o mundo e a nós mesmos.

A autora Teresa Mantoan comenta: nossa luta pela inclusão escolar tem uma dimensão ética crítica e transformadora.  Ao entender que as diferenças estão sendo constantemente feitas e refeitas; pois elas vão diferindo, infinitamente. As diferenças são produzidas e não podem ser naturalizadas, como habitualmente pensamos. Essa produção é sustentada por relações de poder e merece ser compreendida, questionada e não apenas respeitada e tolerada.

As ações educativas inclusivas que propomos têm como eixos o convívio com as diferenças, a aprendizagem como experiência relacional, participativa, que produz sentido para o aluno, pois contempla a sua subjetividade, embora construída no coletivo das salas de aula.







A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas, pois ela depende de mudanças que vão além da sala de aula. Para que essa escola possa concretizar, tem que haver necessidade de atualização e desenvolver novos conceitos assim como a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.

No Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto, a Constituição diz, em seu art. 208, que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: atendimento educacional especializado aos portadores de  deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

O nosso problema se concentra em tudo o que torna nossas escolas injustas, discriminadoras e excludentes, e que, sem solucioná-lo, não conseguiremos o nível de qualidade exigido de uma escola mais que especial, onde os alunos tenham o direito de ser  alunos, sendo diferentes.

Os alunos com necessidades especial precisam de apoio psicológicos, com profissionais para atender as suas necessidades, psicólogos, psicoterapeutas e professores especializados em Educação Especial e Inclusiva.

Os professores têm que serem preparados para trabalhar com essas necessidades, as crianças que frequentam as escolas comum devem ser orientadas para esse convívio diferente e especial,  para  não criar  resistências como por exemplo: a piedade em relação aos recém-chegados, as escolas tem que conter equipamentos e adaptações que permitam a esses novos alunos que a  convivência locais sejam seguros e produtivos.




Referências Bibliográficas

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de educação Especial. Política Nacional de Educacão Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: Revista da Educação Especial, V. 4, n 1, janeiro / junho 2008. Brasília: MEC/ SEESP, 2008. Organização das Nações Unidas-ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Nova Yorque, 2006.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para a educação: equipamento material pedagógico para a educação, capacitação e recreação para pessoa com deficiência física recursos pedagógicos adaptados Brasília: MEC/SEESP, 2006.    
Imagem: Viva a Diferença!  Internet.   



 



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