As
dificuldades na aprendizagem da leitura
As
dificuldades de leitura produzem complicações na aprendizagem escolar e iniciam
no diagnóstico das crianças com problemas de adaptação. A criança que não consegue
ler ou lê com dificuldade fracassa na maioria das matérias escolares, não pode
desenvolver-se normalmente num meio que lhe exige ler sinais, advertências, avisos, instruções, notícias,
cartas e vê-se impedida de se desenvolver plenamente do ponto de vista intelectual,
social e emocional.
Em
outras épocas, considerava-se o leitor deficiente um retardado mental ou negligente,
obrigando-se a criança a repetir o ano ou abandonar a escola. Frequentemente
isso era confundido com incapacidade ou dificuldade para aprender; entretanto,
na atualidade existe uma notória preocupação
no sentido de discriminar a natureza do problema e estabelecer um diagnóstico preciso,
bem como procedimentos terapêuticos adequados.
A
leitura não constitui uma habilidade isolada; pelo contrário, faz parte de um
processo linguístico complexo. O desenvolvimento da linguagem tem etapas enterdependentes
e hierarquizadas, dentro das quais a leitura e a escrita marcariam os estágios
superiores. A criança começa recebendo estímulos auditivos, visuais, táteis,
olfativos e gustativos, os quais, uma vez associados, chegam a ser
significativos. Com eles a criança forma uma linguagem interna. Simultaneamente,
a criança escuta símbolos auditivos, que representam acontecimentos de seu
ambiente, os quais progressivamente chegam a ser significativos para ela. Assim
desenvolve uma linguagem receptiva. Posteriormente, após um período de assimilação
e graças à imitação, a criança utiliza símbolos verbais, que compreende, e
entra no período da linguagem expressiva.
Disgrafia
Nos
diferentes aspectos da Dislexia, a Disgrafia é caracterizada por problemas com a
Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação. Há disléxicos sem problemas de coordenação
psicomotora, com uma linguagem corporal
harmônica e um traçado livre e
espontâneo em sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com Leitura e/ou
com a interpretação da linguagem
Escrita. Mas há disléxicos com graves comprometimentos no traçado da letra,
subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada mas inteligível, porém
outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade de leitura
para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que
escreveram. É comum que disgráficos também tenham dificuldades em matemática.
Discalculia
Não
existe uma causa única e simples com que possam ser justificadas as bases das
dificuldades com a Linguagem Matemática, que podem ocorrer por falta de
habilidade para determinação de razão matemática ou pela dificuldade em elaboração de
cálculo matemático. Essas dificuldades estão atreladas a fatores diversos,
podendo estar vinculadas a problemas com o domínio da leitura e/ou da escrita,
na compreensão global do que proponha um texto, bem como no próprio
processamento da linguagem. Há dificuldades diretamente relacionadas à confusão
visual-espacial, como outras que têm relação com a discriminação da sequência e
da ordem precisas de fatos matemáticos e
com lembrança correta de adequação de procedimentos matemáticos. Embora
ocorrendo mais raramente, também podem existir dificuldades em avaliações comparativas:
maior-menor, mais-menos. Também existe a possibilidade do emocional altamente
exacerbado dificultar ou, mesmo, bloquear o pensamento matemático, não possibilitando
concentração precisa no foco da lógica matemática, determinante para elaboração
de razão matemática.
Referências Bibliográficas
Alliende & Condemarin: Leitura: Teoria,
Evolução e Desenvolvimento
Condemarin, M: Dislexia
imagem
Internet